A Ponte Carlos IV é o mais famoso marco de Praga e comunica com a Cidade Velha a (Malá Strana). A Ponte foi nomeada por o seu criador, Charles IV, que lançou a pedra fundamental em 1357. Peter Parlér iniciou a sua construção nesse mesmo ano, sobre a antiga Ponte Judith do século XII, que foi destruída por uma inundação em 1342. A ponte, de 516m de comprimento e quase 10m de largura foi levantada sobre a base de 13 pilares. Actualmente a ponte é totalmente pedonal. Sem nenhum género de dúvidas, a celebridade da ponte deve-se a colecção de esculturas que, através dos séculos, alcançaram o número de trinta e que são obra dos mais famosos escultores da época: Matías Braun, Jan Brokof e outros... A escultura mais popular corresponde a São João Nepomuceno. Trata-se da primeira estátua colocada na ponte em 1683. Com efeito, a ponte converteu-se num ponto-chave de reunião para a multidão de turistas que aqui se concentram, sítio para todo o tipo de artistas de rua que acorrem, precisamente, a procura do turista para venderem o seu trabalho: pintores, músicos, artesãos e, em geral, todo o tipo de vendedores. Indubitavelmente tudo isto faz com que o ambiente se torne mais pitoresco.
Sobre a ponte, encontram-se 30 estátuas em ambos os lados, muitas das quais são cópias, porque as originais estão no Museu Nacional de Praga e foram construídas nos finais do século XVII. A primeira estátua foi adicionada em 1683 foi a de San Juan Nepomuceno. João Nepomuceno foi jogado ao rio em 1393 sob as ordens de Venceslau IV e no século XVIII foi santificado. No ponto da água onde San Juan Nepomuceno foi jogado ao rio está a sua estátua. Diz a lenda que quem pedir um desejo, colocando a mão esquerda em representação do seu martírio (na base da estátua), este será concedido. Atravessando a ponte, encontramos, para além das estátuas, tendas e artistas tentando ganhar a vida. A ser verdade esta lenda certamente não existiria tantas pessoas com dificuldades, mas enfim, isso e outra história…
Na capital encontra-se toda uma série de monumentos religiosos nos mais diferentes estilos e correntes arquitectónicos. As Catedrais de São Guy, Venceslau e Adalberto são os mais conhecidos monumentos religiosos de Praga. No local de dois antigos lugares santos, por ocasião da elevação de Praga de bispado a arcebispado, o Imperador Carlos IV deixou erguer a catedral do reino. Os arquitectos mestres da catedral gótica, de tipo francês, foram Matias de Arrasu e Peter Parlér. Nos princípios do século XV a construção da catedral foi interrompida, tendo sido terminada só quase seiscentos anos mais tarde, pela União para a conclusão da Catedral de São Guy. A Catedral foi festivamente consagrada no dia comemorativo de São Venceslau, por ocasião das comemorações em memória do milénio após o seu assassinato. O lugar mais sagrado da Catedral é a Capela de São Venceslau, onde se encontram guardadas não só as jóias da coroa mas também o panteão real, no qual estão depositados os restos mortais de uma série de personalidades conhecidas da história nacional e Europeia.
O local de peregrinação com mais fama em Praga, e o mais conhecido da Boémia no estrangeiro, é a Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Esta Igreja construída em estilo barroco encontra-se na travessa das Carmelitas no Bairro Pequeno. A atenção dos peregrinos é especialmente atraída pela estatueta do Menino Jesus de Praga, conhecido em todo o mundo por Bambino de Praga, a qual se encontra desde 1628, num armário pequenino de prata, no altar lateral do lado direito. O seu ‘guarda-roupa’ é constituído por valiosos vestidos bordados e decorados em relevos coloridos. O mais valioso deles foi pessoalmente bordado pela Imperatriz Maria Teresa. A estatueta renascentista, originária de Espanha, foi oferecida pela senhora Plyxena de Lobkovic às carmelitas.
Entre os conventos mais antigos de Praga encontram-se o Convento Beneditino em Brenov, o Convento de Premonstratenses em Strahov e o Convento dos Capuchinhos com o Loreto, conhecido pelo seu carrilhão barroco e pelo seu repositório, onde se encontra o tesouro do Loreto. Outros monumentos religiosos importantes são: a Igreja de São Nicolau no Bairro Pequeno, construída no século XVIII por Dientzenhofer – pai e filho, em estilo barroco, o monumental complexo barroco Clementinum, antigo Colégio Jesuíta, cuja construção se prolongou por quase duzentos anos e a Capela de Belém, o símbolo do movimento hussita e protestante na Boémia, onde já em princípios do século XV Jan Huss pregou. O complexo da Cidade Judaica de Praga é constituído pelo Antigo Cemitério Judeu, Câmara Municipal, um salão de cerimónias e seis sinagogas. O aspecto com que hoje a cidade judaica, criada no século XIII, se nos apresenta, deve-se a obras de saneamento e reconstrução levadas a cabo nos finais do século XIX, princípios do século XX. Apesar de só se terem conseguido conservar uns tantos objectos importantes como testemunho de vários séculos da história dos Judeus de Praga, estes constituem o complexo mais bem conservado de monumentos judaicos na Europa.
Gostaria de deixar bem claro que visitar esta magnífica cidade é sem duvida alguma um privilégio incomensurável, principalmente para quem gosta de história como é o nosso caso…Um grande bem-haja ao povo Checo pela sua hospitalidade…
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